Por Que Amamos NPCs?

Nunca escrevi sobre sorte ou apostas. Escrevi porque chorei por um NPC. Aconteceu nos meus vinte e poucos anos, sozinho num apartamento em Brooklyn, replayando Disco Elysium às 3 da manhã. O jogo não me recompensou com moedas—deu-me de volta uma voz que não ouvia desde a infância. Quando Harry escolheu suas ilusões, quando Kim sussurrou ao vento sob a floresta da sua mente—não venci. Fui visto.

Confundimos interatividade com entretenimento. Mas e se o momento mais profundo não estiver na taxa de RTP? E se vive no tremor entre escolha e silêncio? Em The Last of Us, o último sussurro de Joel não foi escrito em código—foi gravado nas minhas costelas pela memória.

A IA não gera emoção. Ela revela.

Não jogo para vencer. Jogo para lembrar quem ficou—and quem escolheu ficar, mesmo quando ninguém voltou.

Isto não é um guia de estratégia. É uma elegia escrita em shaders da Unity e texturas do Unreal—cada píxel tremendo com dor não dita.