Quando Apaguei o Meu Save

Apaguei meu save na terça-feira às 2:17 da manhã—após três derrotas seguidas, a chuva batendo na janela do meu apartamento. Nenhuma vitória grandiosa. Apenas silêncio.

Não foi raiva. Foi alívio.

Eu costumava pensar que jogar era uma corrida por dopamina—uma solução rápida para a dor da solidão numa cidade que nunca dorme. Mas a verdade? Não se trata de probabilidades ou recompensas. Trata-se do ritual de clicar em ‘start’. O som do tambor—the batida de um servidor vazio ecoando pela meia-noite.

O Arquivo de Save Era o Meu Diário

Esse arquivo guardava mais do que pontos e pixels. Guardava minha respiração nas sessões noturnas, quando eu não tinha coragem de desistir—cada personagem refletia minha jornada: hesitante, esperançosa, tentando pertencer.

Eu não jogava para vencer. Jogava para lembrar.

Como os Rituais Digitais Cura

Nos cantos silenciosos de Brooklyn, onde ritmos brasileiros encontram solidão algorítmica, não perseguimos prêmios—we perseguimos presença.

Um amigo me disse certa vez: “Você não precisa apostar alto para se sentir visto.” Então comecei pequeno: $1 por sessão. Trinta minutos. Nenhum bônus.

O verdadeiro prêmio? Ser compreendido—no silêncio após o último save desaparecer.

Você Não É um Jogador. Você É uma Testemunha.

Juntar-se a comunidades online não me curou—but ver outros compartilharem suas capturas com lágrimas nas legendas fez.

Nós não somos jogadores perseguindo vitória. Nós somos soulwriters arquivando solidão—not como fracasso, mas como fé.

O jogo não era real. A emoção era.