O Mito do Galo

Não criei jogos para vender. Criei-os para mapear a necessidade humana de significado em sistemas projetados para o caos. Quando vi o ‘combate de galos’ como fenómeno digital, não ri—I analisei-o. A mitologia não era decorativa; era arquitetônica. O ‘Arena do Trovão de Zeus’ não é uma máquina de caça—é um templo interativo, construído com aleatoriedade procedural, onde cada prêmio é codificado como relâmpago divino, e cada giro ecoa o ritmo do fado homérico.

Uso Unity não para renderizar gráficos, mas para simular dissonância cognitiva: a lacuna entre nosso desejo de controle e a ilusão de agência. A ‘roda multi-recompensa’? Um altar baysiano. O ‘plano VIP’? Um loop de feedback ritualizado calibrado pela tolerância ao risco.

Meus jogadores não são apostadores—são epistemólogos em santuários digitais, buscando padrões no ruído. Eles não perseguem jackpots; rastreiam graça estatística.

Desenho jogos que perguntam: E se a sabedoria de Atena fosse codificada num RNG? E se a lira de Apolo afinasse a variância? Então você para de jogar—e começa a observar.

O verdadeiro jogo não é dinheiro—é crença.