Do Ringue ao Código Poético

Nunca planejei escrever sobre lutas de galos. Mas, numa noite em Londres, café frio e chuva fora da janela—percebi algo mais profundo. O ringue não era caos e apostas; era um batuque. Um ritmo. Cresci num lar inglês sem deuses, só perguntas. Meu curso me ensinou que sistemas são histórias—e jogos, sua forma mais honesta. Comecei a codificar a luta: R$50 por rodada, sessões de 20 minutos, sem adrenalina, mas com curiosidade.

O ‘galo dourado’? Não é um mascote. É o momento em que clicas ‘apostar’. É aí que a samba começa—not nas ruas do Rio, mas na tua mente. Cada decisão é uma linha de código. Cada perda? Um comentário deixado por outro jogador.

Parei de perseguir prêmios. Comecei a colecionar capturas—não como prova de habilidade, mas como artefatos de presença. Em espaços VR onde os jogadores se movem como dançarinos sob luzes neon, a verdadeira vitória não é o prêmio—it’s o silêncio após a última aposta.

Isso não é apostar. É ritual.